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terça-feira, 26 de abril de 2011

Vivendo os livros de história


Antes que só viajar e notar lindas praias, belezas arquitetônicas e outras iguarias e peculiaridades do país, estou também lembrando aos poucos de história, a nossa história. Lembrei por exemplo que a CABANAGEM foi aqui, período em que marcou a revolta de negros, índios e mestiços contra a elite política e tomaram o poder na então província do Grão-Pará (Brasil).


Entre as causas da revolta encontram-se a extrema pobreza das populações ribeirinhas e a irrelevância política à qual a província foi relegada após a independência do Brasil. Óra, veja a riqueza em estar em outro Estado e também caminhar por lugares e ver construções velhas, antigas, mais do que só o prédio do Mercadão Municipal de Rio Preto é deslumbrante.

Em um ano estive em pontos cardeais do país. Saí do sul pra ir pro centro-oeste do pais e agora estou no norte, quase na beirada do mapa. É muito gratificante poder viver e ver de perto essas coisas que normalmente você só se depara na sua TV de 29". No centro do país, Cuiabá - Mato Grosso notei um povo mais carente e menos feliz. A semelhança deles com os paulistas é o individualismo. Ainda que muitos pensem que a cidade é acolhedoura e tudo o mais. O meu olhar clínico, e por tanto, uma opinião unilateral convergiu aquele povo como "buscando preciosidades" e sendo menos vívidos com as referências de vida. Você nota isso nas classes sociais e nos veículos de comunicação. Hoje, em Belém vejo uma clara e reluzente vontade de viver desse povo que muitas vezes vive de migalhas e mesmo assim vive sorrindo. E não pensem vocês que aqui é só mato e índio.

A cidade é composta por vários prédios, estilo arranha céus. O povão tem grana também, prova disso é que no Ver-o-peso é todo dia abarrotado de pessoas comprando peixe e outros tipos alimentícios comuns da cultura daqui. A cídade é sim cheia de peculiaridades, rica em tradições e costumes que claramente mobilizam milhares de turistas para cá a fim de fotografar e ver de perto. Por isso Belém é Belém.

No hotel internacional onde estou morando por alguns dias até encontrar uma casa vejo por semana 10 pessoas que vem de avião de paises como Canadá, Chile, Argentina, Estados Unidos, Venezuela e os brasileiros também. Uns a trabalho, outros passeando mesmo. Conversei com um médico recém-formado de SOROCABA(que acabou escalando dois amigos de faculdade do interior de SP para acompanhá-lo nessa empreitada) que foi mandado pra Amazônia a fim de levar a medicina àquele povo onde mais precisa. Ele me contou que pega o barco de Belém até o Estado chegando a Manaus. De lá vão mais algumas horas floresta adentro até chegar ao destino que lhes reserva muitas surpresas. Imaginem a loucura. Encontrei uma senhorinha muito simpática que falava com todo o mundo no saguão. Ela também é de Sorocaba e me contou que estava em Belém a passeio. "Eu ganhei essa viagem da TAM numa promoção. EU viajo muito", disse.

Agradeço todos os dias por ter a oportunidade de estar aqui que como diz meu pai: "Nunca fui pra Belém e Mato Grosso", em compensação o homem já foi pra Bahia, Espírito Santo e Rio de Janeiro: Me engana que eu gosto pai!

Abraços
Até mais.