quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Namoro: você só sabe como é...
terça-feira, 14 de junho de 2011
Manutenção do tempo
O tempo é sem dúvida o senhor da sabedoria. Aos 23 anos completos entendo coisas que antes não me eram claras tais como o valor da amizade, o carinho dos parentes, o sabor das comidas da mamãe e a proteção e amor da família. Prestes a completar três meses em Belém tudo ainda continua branco. Ainda estou prestando atenção na cultura do Estado, no sotaque das pessoas, nos costumes, no jeito de trabalhar e outras coisas. Não que isso seja um grande empecilho, mas vindo tudo de uma vez acaba tornando vários detalhes numa grande bola de neve.
É aqui que eu entendo que as pessoas tem sim seus defeitos, suas incertezas, seus medos, suas desconfianças e que só o tempo pode mudar ou ajudar a entender isso. Independentemente de qualquer lugar que você esteja estamos falando de pessoas, e como cada pessoa é diferente, o meio em que ele vive se molda a vida dele e vice-versa. Eu explico. Meu mundo é diferente, viviam com os pais pra começar, sabia que precisaria de muito esforço, paciência compreensão e “mente aberta” para aceitar as previsíveis mudanças que estariam por vir. Não digo que já superei todas elas, mas, absorvi bastante e continuarei nesse rumo.
A diferença entre turista e do cara que foi a trabalho para outro lugar é visível. O primeiro está automaticamente aberto a novas idéias, novos conhecimentos, pessoas diferentes, costumes...e encara isso de peito aberto. O segundo por sua vez não tem lá na sua lista de prioridades o “peito aberto”. Isso aconteceu comigo. O choque com a cultura local veio por conta do meu “relacionamento” fechado com meu Estado, minha cidade, minha família de origem e aqueles que nos cercam. Na verdade, é comparável a um sentimento de sobrevivência: “primeiro eu, depois os outros”. Eu estava perplexo que as pessoas aqui falavam estranho, que a água da torneira é só 86% tratada(isso só em BELEM na capital), que a criminalidade aqui arrepia e que os governantes são corruptos e coronéis(mandam matar), que tudo é resolvido na bala... enfim, complicadíssimo.
Três meses depois aprendi a respeitar nossas diferenças, mas, mesmo assim com certa “distância”. Eu respeito, mas não compactuo com isso. É como ir pra Nigéria, ver crianças com armas na mão pra lá e pra cá e respeitar (e o medo), mas, não entender por que que tais coisas ocorrem.
Saúde e fé.
Até mais gente.
domingo, 15 de maio de 2011
Um mês em Belém do Pará
sexta-feira, 13 de maio de 2011
O tempo e eu
quarta-feira, 4 de maio de 2011
A realidade é uma só
terça-feira, 26 de abril de 2011
Vivendo os livros de história
Antes que só viajar e notar lindas praias, belezas arquitetônicas e outras iguarias e peculiaridades do país, estou também lembrando aos poucos de história, a nossa história. Lembrei por exemplo que a CABANAGEM foi aqui, período em que marcou a revolta de negros, índios e mestiços contra a elite política e tomaram o poder na então província do Grão-Pará (Brasil).
segunda-feira, 14 de março de 2011
A herança jornalística
quinta-feira, 10 de março de 2011
Ode a ajuda aos outros
"A ajuda para quem precisa é tão importante para quem oferece. Não pense que seu problema é maior do que o outro"
Numa escala de 10 amigos, se é que chega a tanto, você é o número 1 em quantos? Agora leve isso pra outro nível. Os contratantes, os donos de empresas, os empregadores. E agora? Esse é o ponto G da coisa. Ser visível para essas pessoas, e, para tanto só depende do mais interessado, adivinha quem?
sábado, 15 de janeiro de 2011
Rede de desconfianças
Tive o desprazer de conhecer profissionalmente o jornalismo medroso e tendencioso. Sem nenhum tipo de direção, um “boneco” se coloca no lugar de um grande e experiente jornalista e começa a falar coisas que nem em grandes empresas se houve. O fato é que ele foi colocado ali por razões do destino. Pessoas assim não são comandantes nem líderes, mas, com esse cargo nas mãos você entende realmente como é a cabeça do ser humano (desta espécie). Ele sabe que a vida dele é curta ali, sabe que se alguém melhor, e não precisa ser muito, aparecer, ele está enrolado. Sabe também que no lugar dele e do jeito que ele faz não é preciso muito para fazer. O que o torna maior que os outros é apenas o título como editor, isso ninguém pode tirar dele. Agora, é inevitável quando você fala deste cargo, você quer saber as razões, os motivos e os caminhos pelos quais tais pessoas desbravaram.
Os que estão lá por merecimento erram, os que estão lá por causa de “costas largas” também erram, os que estão lá por que outros o colocaram lá erram também, e, imagine aqueles que caíram lá por acaso? É triste ver que isso ocorre, é triste ver que pessoas sem capacidade usufruem disso, ou melhor, capacidade eles tem, mas não para aquilo. Não é a hora.
Jornalismo baixo, jornalismo para políticos, jornal sem isenção, um insulto ao verdadeiro jornalismo. Fazer parte daquilo não é fácil. Foi muito bom enquanto durou, mas, como já me alertaram... “Você vai lá faz o seu trabalho e depois sai, não absorva nada porque você vai passar, mas aquela prostituição de notícias, isso ninguém vai mudar”. É só olhar nos olhos da pessoa que “sabe que é menos que você” sem mesmo dizer qualquer palavra e ela já o condenará. Não porque você o está julgando, mas porque ele tem medo.
O clima já não era dos melhores. Nesses casos, existe sempre ainda um tagarela que observa as conversas e serve de” leva e trás”. Como é apenas a versão dele e não há defesa, isso se acumula e vira uma bola de neve.
É vergonhoso trabalhar num lugar assim, que apesar de ser um grande jornal, tem “cabeça” de jornal pequeno.
Até mais
sábado, 1 de janeiro de 2011
2011 com sabor de vitória
Na Folha do Mato Grosso, na capital, estive por lá no interim da política local e nacional. Vi mais ou menos de perto quando Dilma Rousseff subiu ao palanque para falar aos eleitores cuiabanos. Eu estava lá, em meio a multidão com um lápis e uma caneta na mão, fora o caderninho, exercendo os primeiros passos como repórter de política. Observei como é o trabalho dos jornalistas naquele lugar, conversei com os editores de lá e fiz alguns poucos bons amigos. Do martírio, salvei uma cópia de uma matéria que pra min significa apenas uma coisa: a volta é inevitável.
Tristes perdas
"Um grave acidente matou uma jovem de 21 anos, em uma rodovia entre Palestina e Nova Granada. Ao tentar fazer uma ultrapassagem, uma moto entrou na pista.
O carro tentou retornar e acabou capotando. A motorista, Andressa Lima, foi jogada para fora do carro e não resistiu aos ferimentos. Uma passageira do carro teve ferimentos leves" - reportagem TV TEM.
A reportagem tão seca e fria não mostra o real sentimento implícito no fato. Todos da redação conheciam Andressa e receberam com pesar a triste notícia no dia 7 de julho de 2010. Foi a primeira vez que infelizmente soube da morte de uma pessoa amiga, de meu circulo social. Uma grande fatalidade.
Meses depois, dia 18 de dezembro, já na minha vida particular e sem o conhecimento da imprensa, minha avó, Leonora Ferreira de 80 anos morreu de câncer no hospital. Essa doença já a acompanha desde março do ano passado, guerreira como era, minha avó lutou até o fim contra a doença. Mulher batalhadora, ela era mãe da minha mãe, e sempre foi exemplo de tudo o que há de mais bonito e simples na vida. O meu avô morreu cedo e deixou minha avó viúva aos 40 anos de idade. Mãe de oito filhos, ela teve que se virar para dar conta deles. Depois da morte, ela nunca mais casou-se e nem pensava nisso. Começou ai sua caminhada para os céus junto com os anjos dedicando sua vida inteira para os filhos, netos, genros, noras e bisnetos. Mulher de fibra. No velório muito choro, mas, a certeza de que onde quer que esteja, está bem.
A essas duas mulheres, minhas sinceras condolências e saudades.
Que Deus nos proteja.
Até lá.
2011 - O ano do 'tentar'
A profissão e o manejo
É realmente empolgante nossa profissão. Trabalhando nesta cidade que me proporcionou a volta às redações garantiu a certeza de que estou indo para o caminho certo. A cidade não é lá as mil maravilhas, mas, compensa por estar perto de minha familia. O jornal em si não tem grandes figurões da área e nem muita estrutura, mas, vale a pena pelo prazer e privilégio de exercer o meu ofício. Muitos passaram pos lá, poucos permaneceram. Nestes quase três meses eu agradeço a Deus pela oportunidade e depois aos homens pelo convite. Reservo-me ao direito de contar as entre-linhas do BDC por pura fraqueza. Ninguém gostaria de ver isso.
A foto ao lado resume uma de minhas faces no dia a dia do hardnews. Você é assediado por vezes por políticos e gente que se acha no direito de fazê-lo. Daí vem minha cara fechada e confundida às vezes com um "mafioso" como já disseram. Outros já comentaram minha escrita que, segundo eles é "azeda", "sinuosa" perfeita pela área jornalistica ao qual estou desenvolvendo hoje: Política. A política realmente se faz nas ruas. Para sentir os comentários dos vereadores, do prefeito e seus secretários você tem que se expor e é aí que o repórter também vira alvo de pessoas. É uma situação que eu queria passar aos 36 anos de idade, no entanto, não ocorreu e daí tive que mostrar firmeza e postura para se manter concentrado.
Na última semana do ano vi um dos primeiros momentos mais inusitados de minha carreira. Outro veículo de comunicação comentar minhas matérias indiscriminadamente. Parece normal, mas, não é. Do mesmo modo que ele fez lá, eu poderia fazer aqui e talvez terceiros e quartos. É complicado. O comentário elogiou e depois, ao modo deles, "corrigiu" como se tivesse algo a ser corrigido na matéria. Bom, saber que eles fazem propaganda gratuita é legal, mas, não gostaria de saber que interesses poderiam por ventura vir e talvez de simples "comentários" passarem a ser feitos julgamentos mais abertos.
É esperar para ver.
Feliz 2011!