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sábado, 4 de setembro de 2010

Juventude vs Tempo

Eu e o jornalista da Tv Record André Barros desde a faculdade temos em mente escrever um livro. Você não imagina sobre o que é(?), graças a "pouca" experiência vivída em jornalismo até aqui. No entanto nossa gana está relacionada ao empregador/empregado. Essa relação nada equilibrada gerou uma ânsia em nós de escrevermos o que de fato acontece, ao passo que pessoas com várias milhas de jornalismo nem lembram mais essas dessas primeiras impressões.

Você que é mais maduro já teve seu tempo de se estribuchar em ônibus, andar à pé sob sol forte kms e kms de distância, esquecer algo importante na hora em que precisa dele ou viver apertado e ver que o dinheiro acabou. É triste, mas você já passou por isso e sabe que esse é o caminho para o sucesso. Meu pai por exemplo, se formou em direto em Araraquara com muito sacrifício. Fez diversos empréstimos e sofreu muito também mesmo após ter seu emprego. Hoje ele não lembra de nada disso pois tudo valeu a pena.

As pessoas se esquecem por onde passaram, tem um repentino lapso ou talvez ainda não querem lembrar constantemente de onde vieram. Muitos esnobam os outros e depois se você for procurar, a vida dele foi tão sofrida quanto a sua.
Enfim, nosso intuito aqui não é fazer um texto de auto-ajuda ou um sermão. Voltemos ao jornalismo.

O empregador não se dá conta da urgência que o jovem precisa desse emprego. O 'tempo' que está a favor dele hoje, como dizem,rapidamente se esvaece. O desgaste ao longo desses dias procurando emprego é prejudicial para qualquer um. O governo precisa implantar leis que dão reforço para o empregador contratar jovens, em sua maioria, em cargos irrelevantes para que assim atinjam a cota imposta pelo governo. Isso na prática desprestigia aquele rapaz que 'está louco' pra trabalhar e se empenhou muito pra isso. É fato que muitos não 'separam o joio do trigo'.

Nesses meses em Cuiabá percorri mais da metade dos veículos de mídia da capital: Olhar direto, Midia News, Jornal A Gazeta, Tv Assembléia, Tv Record, Tv Centro América, Tv Rondon SBT, Rede Tv, Tv Band, Diário de Cuiabá, Rdnews, 24horasnews, Tv Universitária, Tv Brasil, Rdmnews, Correio de Cuiabá; todos estes sem uma eventual e duradoura esperança de contratação até que numa investida sem qualquer pretensão no Jornal Folha do Estado senti algo interessante.
Depois de um chá-de-cadeira de uma hora já me via saindo daquele lugar amaldiçoando todos. Porém, fui maravilhosamente atendido pela editora que justificando o chá disse que 'o dia estava corrido'. Numa conversa de 20 minutos ela depois já me apresentava para a equipe de editores. A editora me apresentava, e, minhas habilidades dizindo que me ligaria se alguma oportunidade aparecesse quando o abençoado editor politiquero dispara falando que "vai precisar de um repórter para política". Era a brecha que faltava pra tudo dar certo. Ele lembrou a editora adjunta que iria precisar de mais um jornalista na editoria para cobrir o período eleitoral.
A editora não se fez de rogada e já tratou de me convidar para uns três dias de testes. Eu topei e foi aí que tudo começou.

Outrossim, o que de mais interessante se tira dessa parábola. A necessidade de sempre estar 'na mira' dos que possam te contratar. O dia-a-dia acaba engolindo as pessoas e numa eventual oferta de emprego se o seu nome não estiver nítido na memória tudo passa em branco.
É isso que o eventual livro vai contar. Técnicas de tornar-se visível para o mercado de trabalho; e diga-se de passagem, não há nenhuma fórmula consistente ou mítica. Trata-se apenas de 'se mostrar'.

Unir o tempo com a juventude e não mostrar só a juventude fechada.

Enfim, até lá e um bom final de semana prolongado por que o meu tá um lixo nesse calor.
Abraços.

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