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terça-feira, 21 de setembro de 2010

TV RECORD-MT ou JORNAL BOM DIA?

Já diziam os mais antigos, "o jornalista é quem faz seu destino". Exemplos desses temos Fernando Daguano, Julio Cezar Garcia, Wellington Valsechi, Adib Muanis, Daniel Morales, Mariza Amorim e tantos outros que avaliavam os 'prós e contras' dos lugares de trabalho e iam.
Essa temática eterna hoje se ve infiltrada na minha vida. Jornalista recém formado, fico entre ir para longe de casa, fora do meu Estado ou permanecer no radar da família e trabalhar às margens da saia da mamãe.

Óra, pra quem já tomou o chá da liberdade, voltar atrás soua como um retrocesso.
Aconteceu nessa segunda-feira que em meio à contratação da TV Record do Mato Grosso, o jornal Bom Dia do grupo do meu antigo patrão(TRAFFIC) me fez um convite de trabalhar lá. O jornal vai passar por mudanças na editoração e pretende deixar finalmente de lado a mudança na reportagem. Acho óbvia e oportuna essa chance. De acompanhar a mudança 'fisíca' do jornal e consequentemente jornalística na forma nova de se comunicar. Instigante e vivaz.

Entretanto, tenho uma história, uma jornada e um objetivo a ser concluído. No MT o destino será aliado meu. Vou fazer aquilo para o qual me preparei mais recentemente. Jornalista pode seguir por muitos prismas. Escolhi seguir em TV e logo agora, bem agora surge esse convite.Contudo, tenho a cabeça no lugar e o foco traçado. Fico lisongeado e guardo esse convite no coração. Digamos que minha ida não será a mesma a partir de agora.

Num telefonema você mata isso. Pediram mais tempo. Acho digno, afinal tudo se resume a dinheiro. Já disse que não gosto de "surpresas", "indefinições" e foi bem atrás de resolver isso que consegui. Jogo limpo com os outros, espero o mesmo em troca. Compliquei demais minha vidinha e percebi(com o bom e velho tempo) que dizendo a verdade o que poderia se transformar em 3,4 problemas vira apenas 1 e dos bem pequenos.

O final dessa novela nós conferimos em outubro. Até lá.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

A Virada Finale

Para ler este texto peço que você leia os dois post anteriores.

Versão brasileira, Herbert Ri...bom como não temos tempo para isso vamos ao que interessa.

A TV RECORD de Marcelândia, no interior do Estado do Mato Grosso precisava de um repórter/apresentador. O emprego é bom, a cidade é boa. A novidade é nítida.

"22. Ele disse então aos seusdiscipulos: Por causa disso eu vos digo: Deixai de estar ansiosos pelas vossas almas, quanto ao que haveis de comer, ou pelos vossos corpos, quanto a que haveis de vestir. 23. Pois a minha alma vale mais do que o alimento e o corpo mais do que o vestuário." "31. Não obstante, buscai continuamente o seu reino, e estas coisas vos serão acrescentadas".


Lucas 12:22-23, 31

Fé gente. Fui!!!

A virada 2

Para entender este post peço que leia o texto anterior(abaixo).

Contando tudo isso é claro que a vida de qualquer um ficaria interessante. Mas no mundo real as coisas são bem mais difíceis e doídas que aqui no texto.

Óra, passou-se uma semana e a minha resposta não vinha. Era promessa sobre promessa. Aliás, isso é uma coisa que fode(com o perdão da palavra) qualquer um mas deixemos de lá por hora.
Aproximadamente 40 dias se passaram e ninguém havia me retornado nenhuma resposta que me satisfaria à essa altura(ou seja, qualquer resposta menos o 'a gente te liga'. Podia ser até um "NÂO!")

Foi aí que tomei uma decisão: dar o cheque-mata. "Ou dá-ou-desce", "ô, agiliza logo porra!", "ôw, pára-de-me-enrolar-cacete!". Bom, vocês entenderam....
E também sem sucesso, não responderam nem que yes nem que never.
A angústia fez morada outra vez, mas eu ainda tinha a última cartada.

Como que no melhor estilo "La mano de Dios" de el Maradona um sopro do norte do Estado me garantia morada e emprego via fone. Era a gota d´água que eu esperava. Peguei minhas coisas e dei tchau para a "cidade verde" desembarcando dois dias depois na "terra de oportunidades" no interior do Estado de São Paulo.

Mas o que estará por vir?

A virada

"A vida às vezes prepara umas coisas pra gente que você não acredita, né?", com um sorisso no rosto foram essas as palavras de meu amigo. Eu diria que ela(a vida) aprontou duas vezes comigo.

Lá estava eu naquela noite de quinta-feira depois de beber meia dúzia de BOHEMIA long-neck. Um dia normal, com pessoas normais. O termômetro assinalava 39º graus.

Estávamos eu mais um amigo. Eu estava lá a poucas horas desanimado por ter visitado tudo quanto é lugar e não ter encontrado o tão falado e sonhado por quem está na fila do INSS, JOB. A cerveja não descia, os olhares das pessoas me incomodavam. Eu queria ir embora de lá, contudo, algo me deu fôlego para prosseguir naquela jornada por mais alguns dias.

Naquela mesma noite, depois da saraivada de cerveja nos ofertamos um salgado mequetrefe de presunto e queijo e uma COKE pra dar aquela rebatida.
Eu aguardava o retorno de vários lugares, um deles era a FOLHA DO ESTADO de Cuiabá. Havia conversado com o Editor Luisão e esperava ele me ligar.
Sucedeu-se então que naquele momento ele apareceu na loja de conveniência do posto e o meu olho repousou sobre ele. Ao me ver o editor estendeu o braço direito e me cumprimentou. Eu ao que elevei o salgado à boca estava surpreso vendo aquela cena. Exitei um pouco e fiz um comentário explicando quem foi aquele homem que me cumprimentou pelo nome dizendo. - "Opa, e aí Alison?" - eu sorri e pensei, - "Agora o quê que eu vou falar?".
Fiquei ali comendo normalmente o dito bolor de massa e presento e queijo quando o homem ao sair da loja me chama novamente e admoesta. - "Ô Alisôn, amanhã você liga lá", referindo-se ao jornal.

Esse foi o 'gás' que eu precisava para sair daquele estado de 'morto' para 'vivo'(de 0 a 100) novamente. Pensei em provisão divina. Numa cidade com mais de 400 mil habitantes duas pessoas se encontrarem nessas condições é digno de notoriedade.

Enfim, contudo, no dia seguinte a resposta não veio e acabou virando nada aquele encontro. Mais uma promessa vazia.

Mas uma semana depois eu descobriria que não era essa a única peça naquele safári.


A surpresa(melhor) estava por vir a mais de 800 km de distância. Era do interior.

Acompanhe.

Números de uma empreitada de vida

De 17 de Julho a 11 de Setembro de 2010 - Foram 57 dias, R$1.000 reais investidos, mais de dois mil quilômetros percorridos nas nuvens e muito suor depreendido; pra simplificar tudo. Do clima úmido e agradável daqui de Rio Preto na casa de meus pais é que você se dá conta do quão maravilhoso é o simples "ar". Se desse para comprar, acredito que os gran finos de Mato Grosso já teriam mexidos seus pauzinhos a fim de importar isso dos Estados vizinhos e com certeza, uma 'guerra pelo ar' já teria se instaurado. Mas essa é uma prosa pra outro post. (pensamentos futuristas)

Digo isso para dramatizar a "gravidade" da situação por lá. Mas isso aos olhos de um ainda rio-pretense por destino e paulista por naturalidade. Quem mora por lá tá pouco se lixando com o que pensam nós paulistas e tudo o mais.

Acontece que 'a vida é uma caixinha de surpresas' já dizia um humorísta que você certamente deve lembrar. A minha estadia lá foi duradoura e empolgante do início ao fim. Aprendi com aquele povo ao lidar com as pessoas, no cuidar de uma casa sozinho, ao pagar as contas, na solidariedade e na malandragem também por que não? Andando, na maioria das vezes, com pouco mais de 10 cruzeiros no bolso só para pegar a condução do ônibus muitas vezes me vi encurralado se comia uma esfiha e voltava à pé ou engolia a fome mas voltava pra casa "um pouco menos todo molhado de suor". Mas isso e outros muitos percalços aos quais passei nada se compara com o aprendizado vivído.
Na ida deixei claro que meu objetivo maior era profissional, mas contava também com a bagagem pessoal que eu conseguiria nesses dias. Foi fantástico. Especial pra min. Agradeço muito a Deus por prover o nessessário para que minha família pudesse me ofertar esse "mundo distante e novo", coisa que nem eles puderam ver.

Tenho que agradecer também ao meu amigo e parceiro de todas as horas, André. Assim, sem sobrenome, por que o mundo inteiro sabem quem ele é. Mais que um irmão ele foi o cara que segurou a barra na hora que precisava(e dava). Passamos bons tempos ali naquela cidade.

O futuro à Deus pertece e eu fiz de tudo para auxilia-lo(apesar Dele não precisar) a pensar naquilo que eu escolhi pra min. Bom, como minha mãe acabou de dizer. "Estas letras vão me fazer rir de alegria ou chorar de contentamento amanhã".

Fico com a primeira opção, obviamente.

See you folks.

sábado, 4 de setembro de 2010

Juventude vs Tempo

Eu e o jornalista da Tv Record André Barros desde a faculdade temos em mente escrever um livro. Você não imagina sobre o que é(?), graças a "pouca" experiência vivída em jornalismo até aqui. No entanto nossa gana está relacionada ao empregador/empregado. Essa relação nada equilibrada gerou uma ânsia em nós de escrevermos o que de fato acontece, ao passo que pessoas com várias milhas de jornalismo nem lembram mais essas dessas primeiras impressões.

Você que é mais maduro já teve seu tempo de se estribuchar em ônibus, andar à pé sob sol forte kms e kms de distância, esquecer algo importante na hora em que precisa dele ou viver apertado e ver que o dinheiro acabou. É triste, mas você já passou por isso e sabe que esse é o caminho para o sucesso. Meu pai por exemplo, se formou em direto em Araraquara com muito sacrifício. Fez diversos empréstimos e sofreu muito também mesmo após ter seu emprego. Hoje ele não lembra de nada disso pois tudo valeu a pena.

As pessoas se esquecem por onde passaram, tem um repentino lapso ou talvez ainda não querem lembrar constantemente de onde vieram. Muitos esnobam os outros e depois se você for procurar, a vida dele foi tão sofrida quanto a sua.
Enfim, nosso intuito aqui não é fazer um texto de auto-ajuda ou um sermão. Voltemos ao jornalismo.

O empregador não se dá conta da urgência que o jovem precisa desse emprego. O 'tempo' que está a favor dele hoje, como dizem,rapidamente se esvaece. O desgaste ao longo desses dias procurando emprego é prejudicial para qualquer um. O governo precisa implantar leis que dão reforço para o empregador contratar jovens, em sua maioria, em cargos irrelevantes para que assim atinjam a cota imposta pelo governo. Isso na prática desprestigia aquele rapaz que 'está louco' pra trabalhar e se empenhou muito pra isso. É fato que muitos não 'separam o joio do trigo'.

Nesses meses em Cuiabá percorri mais da metade dos veículos de mídia da capital: Olhar direto, Midia News, Jornal A Gazeta, Tv Assembléia, Tv Record, Tv Centro América, Tv Rondon SBT, Rede Tv, Tv Band, Diário de Cuiabá, Rdnews, 24horasnews, Tv Universitária, Tv Brasil, Rdmnews, Correio de Cuiabá; todos estes sem uma eventual e duradoura esperança de contratação até que numa investida sem qualquer pretensão no Jornal Folha do Estado senti algo interessante.
Depois de um chá-de-cadeira de uma hora já me via saindo daquele lugar amaldiçoando todos. Porém, fui maravilhosamente atendido pela editora que justificando o chá disse que 'o dia estava corrido'. Numa conversa de 20 minutos ela depois já me apresentava para a equipe de editores. A editora me apresentava, e, minhas habilidades dizindo que me ligaria se alguma oportunidade aparecesse quando o abençoado editor politiquero dispara falando que "vai precisar de um repórter para política". Era a brecha que faltava pra tudo dar certo. Ele lembrou a editora adjunta que iria precisar de mais um jornalista na editoria para cobrir o período eleitoral.
A editora não se fez de rogada e já tratou de me convidar para uns três dias de testes. Eu topei e foi aí que tudo começou.

Outrossim, o que de mais interessante se tira dessa parábola. A necessidade de sempre estar 'na mira' dos que possam te contratar. O dia-a-dia acaba engolindo as pessoas e numa eventual oferta de emprego se o seu nome não estiver nítido na memória tudo passa em branco.
É isso que o eventual livro vai contar. Técnicas de tornar-se visível para o mercado de trabalho; e diga-se de passagem, não há nenhuma fórmula consistente ou mítica. Trata-se apenas de 'se mostrar'.

Unir o tempo com a juventude e não mostrar só a juventude fechada.

Enfim, até lá e um bom final de semana prolongado por que o meu tá um lixo nesse calor.
Abraços.