Powered By Blogger

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Critíca:candidatos

A vida do TRE está cada dia mais.....engraçada. Vivemos num mundo onde as idéias são cada dia mais férteis e recorrentes. Todo mundo cria, recopia, inaugura, recria. Somos um emaranhado de mentes pensantes em ebuçição. A sociedade vem se refazendo dos tempos antecedentes à internet. Aliás, dizer que a internet não existia a alguns anos atrás é retroceder e se perder no passado. Praticamente ninguém mais lembra disso. É como se o www tivesse implícito em cada carta, pombo-correio, telefonema, e qualquer outro meio de comunicação do "velho século". É inerente que somos produtos do meio em que vivemos.

E sobre isso, vamos pegar por meio a política. Esta é sem dúvida uma forma de sobrevivencia de muitas pessoas. Digo humildemente 'muitas' no âmbito nacional aos quais muitos vereadores, deputados, senadores ganham seu salário de uma função que originou-se desde a POLIS a fim de "ajudar a população". Em outras palavras, o camarada(a) ganhar para fazer o bem a ele mesmo sendo que o sustento dele é pago por ele mesmo não era o objetivo primário do ser-representante da cidade, compreende? Não?!

Veja por esse ângulo, um cidadão comum que em meio a tanto alarde de companheiros de partido ao qual ele é filiado e dos vizinhos que acham ele uma "gracinha, boa pessoa, um homem de bem, um cara simpático" que até daria pra ser vereador; esses são os que imaginam que a Câmara dos Vereadores é apenas um clube social onde caras bacanas demonstram seu afeto pelo povão.
O que torna mais engraçado como adiantado no começo do texto é que a cada ano que passa o banal leviano e engraçado vira regra de base para se tornar um candidado com chances reais de eleição a fim de quiçá valer-se de uma cadeira no pleito.

Não há um consenso, um meio-termo nessa questão. O tio da pizzaria, o meu vizinho cachaceiro, a barangua safada da minha vizinha da porta da frente e o nazista do carteiro podem se tornar homens(a) de frente, leia-se gente que defenderá(em tese) os nossos interesses no município(câmara). O TRE libera quem quer que seja salvo os mínimos requisitos básicos. Bom, ensino fundamental não é um deles. Particularmente e agora ainda mais com a determinação de um juiz de SP que decidiu a favor do acusado, Tiririca(PR), sobre uma denúncia feita por um candidato tucano de que a propaganda eleitoral do "abestado" denegria o cargo eletivo. O juiz julgou procedente os argumentos do Tiririca por que ele não cometia nenhum crime eleitoral grave, como é o caso de uma agressão verbal ou falsa acusação.

O candidato a deputado federal, Tiririca, zomba da Justiça brasileira em seu programa televisivo, da inteligência do munícipe e da liberdade de expressão que este país tanto lhe confere. O juiz citado concedeu total liberdade de continuar falando que "não sabe o que um deputado faz, que vai ajudar a todos inclusive a família dele"; tudo isso embalado por um ar irônico e satírico do próprio personagem. A carta do excelentissimo juiz finaliza enfatizando que o cidadão analfabeto, por exemplo, padece de representantes "a sua altura" no plenário e que a iniciativa do Tiririca vêm de encontro com os anseios desta classe de pessoas. Tudo certo, tudo bom não fosse o problema que isso certamente acarretaria a seguir.

O candidato, como a própria propaganda do governo federal ilustra tem que ter bons antecedentes, experiência, e qualificação para ocupar o cargo como qualquer outro serviço. Na prática o BRASIL, digo, o futuro de mais de cento e cinquenta milhôes de pessoas estará à cargo de uma pessoa dessa grandeza. Democracia é bom, mas, esse oba-oba escrachado é uma afronta a qualquer Estado.

O "país do carnaval" também deve ter limites. Nosso povo é tenramente sedento por inspiração, por caminhos, por liderança, o que acabada também sendo facilmente influenciado. Se colocarem no ar um senhorzinho com uma voz estranha, vestimenta diferente de qualquer outra e satirizando todos os seus oponentes inclusive aqueles do mesmo partido a chance dele vencer é muito maior. O "novo" nem tanto preza pela qualidade e sim pelo impacto que causará.

E vou além, o regimento interno da câmara é cheio de brechas e frestas. O candidato mal informado, por exemplo, pode ser engolido pelos demais parlamentares e por conseguinte não fazer diferença alguma durante o pleito.
Antes de "incriminar" esses que debocham da lei, temos que repensar nos que "se dizem exímios analisadores da lei" e que AINDA ASSIM comentem falhas gravísimas. Trocando em miúdos, se os que já estão lá e são "estudiosos" fazem errado imagina os que fazem graça para conseguir votos. É praticamente um trem desgovernado anunciado.

É fato que nós não somos perfeitos e nunca seremos nesse mundo. Ninguém se iguala a Jesus Cristo que veio à Terra e deu seu próprio sangue para pagar o resgate do pecado herdado por Adão e Eva, isso, de fato, é fato.

Mas, insistir em lançar candidaturas de pessoas que usam de personagens/notoriedade para conseguir votos e ainda zombam das pessoas e o pior, são tratados como gente que deseja fazer o bem(só se for a eles mesmos)? É no baixo-médio-menos-mínimo modo, suicídio.

O tempo é o senhor da razão. Mas não podemos ignorar as presentes evidências que nos levam a imaginar sombrias cenas no futuro!
Sou a favor de uma nova lei para que o voto seja realmente secreto, sem pesquisa disso ou daquilo, vereador algum tenha válvula de escape para se aproveitar da ingenuidade/ignorância/desdém de uma parcela brasileira que TEIMA e sempre teimará em queimar seu cartucho com a escolha errada.

Como na frase da primeira estrofe do Hino a Bandeira de Olavo Bilac e Francisco Braga: "Salve lindo pendão da esperança, Salve simbolo augusto da paz!"

Fica aqui a minha crítica.

Nenhum comentário:

Postar um comentário