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sexta-feira, 30 de julho de 2010

O céu não é o limite para a comunicação

Imagine a cena - Você sentado na sua casa (...) conversando com o seu patrão a mais de 2 mil quilômetros de distância. Estranho né? Mas não é impossível. Os mais incrédulos a meio século atrás não poderiam nem cogitar ou vislumbrar de que isso algum dia seria possível, mas, é. Fato isso que quem está na Bolívia pode assistir em tempo real a copa do mundo no conforto de seu lar tomando MID sabor uva e comendo pipoca. Tudo sem mover um dedo...aliás, tudo isso movendo apenas um dedo! A Televisão virou também a FOTO visão, A WEBCAM visão, o CELULAR visão. Mas isso não segredo pra ninguém.

Eu estou entrando aos poucos nessa seara. Antes de viajar mais de mil e cem quilômetros de casa eu não sabia como seria feita a comunicação com minha familia. Imaginava que seria regrada, só depois da meia noite quando a "facada" das empresas de telefonia são mais rasas. Não nada disso. Meu amigo comunica-se com a mão dele que está a mais de dois mil e cem quilômetros de Cuiabá por meio do notebook dele via MSN. Eu vendo aquilo comecei a me alegrar mas me ocorreu que eu não tenho conexão descente nem webcam em casa. Tratei de mandar meu irmão comprar os tais equipamentos.
Realmente a tão falada tecnologia se mostrou oportuna para nós. Ricos e pobres usufrem dessa modernidade non futil dos dias atuais. Ainda não usaram ela para o mal, mas essa é prosa para outro café.
Enfim, todavia, hoje isola-se quem quer.

MT por um caipira do interior paulista

A cidade é um deslumbre, completamente desenvolvida, cheia de ruas, avenidas e pontes que em meio a toda cidade, lembra de certa forma o rodoanel só que dentro da cidade(AVENIDA MIGUEL SUTIL). As ruas são bem largas e detalhe, não existe semáforo por aqui. Motivo esse de muitas mortes no trânsito. Não é coisa de outro mundo ver o carro de determinado veículo de imprensa dirigir a 120 km por hora numa avenida no coração da cidade queimando todos os semáforo bem na hora do almoço. Conclusão, se o seu carro não amassou é só uma questão de tempo.
Alvo de críticas da imprensa, as ruas alem de largas também são sujas e ficam intransponíveis, pelo menos para os que carregam uma bronquite asmática no peito. Toda noite a prefeitura designa um caminhão pipa pra "lavar" as vias mais cheias de poeira. Na prática, não ajuda em nada num ambiente em que 24 graus é considerado FRIO. Conclusão, molhou secou. Simples assim.

Todos vem(no sentido de enxergar) o paulista como um cara "super high": cheio de idéias, letrado, sabichão, descolado... Porém, não perguntam e você só deve falar de você ou da cidade de onde veio caso questionem. Esse é o segredo da boa convivência ou pelo menos do não atrito.
Certo amigo me avisou: "Não fale como era lá. Não faça comparações. Eles(cuiabanos) talvez possam se sentir menosprezados". Pedido atendido com graça por min. Me perguntei por que poderiam sentir-se assim, mas depois pensei mais um pouco e me coloquei no lugar deles se um AMERICANO viesse aqui e começasse a comparar SP com NEW YORK. O que você faria??!
A vida do povo aqui é igual ao do interior de SP. Tem moleza, tem muito trabalho e também há injustiça. Como o povo aqui é mesclado com índios, naturalmente que existe essa miscigenação.
Eu explico. A mulherada aqui é bem forte, digo forte mesmo. Opinião "top of mind" entre os que não são daqui. As costas e o quadril delas são mais largos até mesmo nas mais "fininhas". Já os marmanjos, ou boa parte deles são "queimadinhos" devido à exposição ao sol no alto de seus (normais) 38 graus celsius.
Tem fartura na mesa. A cidade gira em torno de todo tipo de cultura imagináveis. É praça de indústrias de ponta que tem que passar por aqui até chegarem no seu destino. Por essas e outras que Cuiabá é uma cidade generosa e apaixonante.

Como não trouxe ainda meu carro, estou voltando aos tempos de universitário quando andava a pé por horas a fio até chegar no meu destino. E olha que quando digo "horas a fio" não é figura de linguagem: "Não confie no 'ali' do cuiabano", me advertiu uma pessoa. É tudo muito longe, quando você precisa fazer alguma coisa e é PERTO(de SÃO PAULO) no mínimo você vai gastar uns 35 a 40 minutos à pé. Não se esqueça. Debaixo de muito sol e atravessando ruas largas na selva que é o trãnsito daqui. Problema atenuado pelo sistema de ônibus ou no complicado Transporte Coletivo(SALVE SANTA LUZIA). Aqui eu não tenho a menor idéia de quem é que manda. Não existe terminal rodoviário. O equivalente seria o centro da cidade. Todas as linhas com excessão das linhas bairristas passam pelo centro numa praça que eu ainda não gravei o nome. São vários pontos de ônibus onde as pessoas(centenas delas) se aglomeram em busca de um tetozinho de sombra. Sorte a nossa que atrás do ponto nessa praça há algumas árvores antigas que fazem sombra a vontade. Mas não fique muito a vontade senão você perde o ônibus. E por falar em ônibus, a única coisa que interessa depois de eu contar tudo isso se resume ao importante e imprescindível fato de que TODOS os ônibus possuem ar-condicionado ligado 24 horas por dia.(CHUPA SANTA LUZIA) Eu quase tive um choque térmico quando pisei o primeiro degrau do coletivo. Foi um misto de euforia, espanto, catarse e outras mazelas mais.
Enfim, portanto, é que MT é cidade boa demais da conta sô. E vem muitas outras histórias por aí. Até mais. Fui